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Quelóide – Quando devemos nos preocupar com uma cicatriz?

O quelóide é a principal preocupação da maioria das pessoas com uma cicatriz, seja ela resultante de uma cirurgia ou um trauma qualquer. Nem toda cicatriz inestética é um quelóide e essa diferenciação é de extrema importância.


Quelóide (do grego: Kelth = tumor + eidoz=forma) é uma cicatriz anormal, espessada e elevada decorrente de um processo anômalo de cicatrização. É formado por uma deposição excessiva de fibras colágenas e uma hiperproliferação de fibroblastos na derme.


O período crítico do processo de cicatrização, quando o equilíbrio entre a síntese e a degradação de colágeno se desfaz , geralmente ocorre na 3° ou 4° semana após a lesão.

A causa deste distúrbio não está suficientemente esclarecida. Um problema-chave que contribui para essa dificuldade reside no fato de o quelóide ser descrito apenas em seres humanos.


Acredita-se atualmente que não existe quelóide espontâneo, e que quelóides sem causa aparente são provocadas por ferimentos puntiformes não percebidos pelo paciente, como pequenos ferimentos, acne ou até picada de insetos.


Estatísticas americanas mostram que este problema atinja cerca de 1,5% da população total. É mais comum em indivíduos jovens (10 a 30 anos), do sexo feminino e em negros e orientais. Geralmente ocorre na metade superior do corpo, concentrando-se no tórax anterior, ombro e lóbulo da orelha.


Trata-se de uma lesão de comportamento bizarro, uma vez que pode desenvolver-se em segmentos parciais de uma mesma cicatriz. Pode surgir em um ferimento ou incisão e não em outros ferimentos ou incisões ocasionados, respectivamente, num mesmo acidente ou ato operatório, em regiões corporais vizinhas ou distantes. O quelóide pode também ter um caráter temporal, pois pode surgir num determinado local do corpo, a partir de uma incisão cirúrgica, sendo que, futuramente, uma nova incisão no mesmo local ou próxima, pode não desenvolver esse distúrbio cicatricial.


O principal diagnóstico diferencial do quelóide é a cicatriz hipertrofia. Muitas pessoas confundem as duas patologias e até acham que uma cicatriz hipercrômica (avermelhada ou mais escura que a cor normal da pele) é um quelóide.


Existem várias formas de prevenção e tratamento como compressão local, betaterapia, ressecção parcelada, infiltração intralesional e outros. Para o correto diagnóstico o mais aconselhável é procurar um cirurgião plástico. Somente com a ajuda de um profissional capacitado este distúrbio cicatricial pode ser evitado e tratado corretamente.


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